A IMPORTÂNCIA DA COLOSTRAGEM NA SUINOCULTURA SOB UM ASPECTO IMUNOLÓGICO

Marcelo Lauxen Locatelli, Ubiridiana Patricia Dal Soto, Jaine Mendes Ferreira, Rafael Festugato, Caroline Gallas, Zanandrea Porto Vicente Casara, Patrícia Ebling

Resumo


O colostro substância que provém da glândula mamária da fêmea, é um produto nobre que possui abundância de proteínas e imunoglobulinas, o qual é gerado e se acumula nas glândulas mamárias das matrizes durante as horas finais de gestação, sendo uma secreção altamente viscosa. Foi feita a sondagem orogastrica no 1º dia de vida dos leitões mais fracos com 100 Ml de colostro. O colostro proporciona aos leitões energia para termorregulação corpórea e desenvolvimento estrutural, além de que auxilia na maturação gastrointestinal e elaboração da imunidade passiva que através dos anticorpos maternos oferece proteção contra patógenos desde os primeiros dias de vida do neonato, porém o mesmo deve ingerir ao menos 250 ml de colostro para que se haja uma eficiente transmissão de imunidade. Os anticorpos ofertados pelo colostro geram proteção aos leitões por até 6 a 8 semanas após a ingestão do mesmo, porém estudos revelam que leitões que realizam mamadas em mais de cinco tetos dentro de 12 horas pós-parto adquirem maior quantidade de anticorpos que neonatos que nascem após o 8° leitão da ninhada. Conclui – se que a colostragem adequada na suinocultura a qual visa a mantença de plantel produtivo e a maior lucratividade devido a diminuição de perdas de leitões por maior tamanho de leitegada e baixa viabilidade ao nascer, sendo assim essencial o maior consumo possível de colostro nas primeiras horas após o nascimento da leitegada.

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